sábado, 20 de setembro de 2008
Levantamento Terra e Stiff - Qual é a diferença?
A intenção deste artigo é sanar definitivamente essas confusões e dúvidas que giram em torno desses exercícios.
1. Introdução:
Esses exercícios são considerados básicos por terem como característica o peso livre. Não são exercícios considerados simples, pois são compostos com funções multi-articulares, ou seja, que envolvem vários seguimentos articulares para promoverem sua execução.
O levantamento terra é um exercício da modalidade de levantamentos básicos ou como é conhecido em alguns países como powerlifting, que é composta por três tipos de exercícios: Agachamento, Supino e Levantamento Terra.
Apesar do Levantamento com pernas estendidas (STIFF) ser tão antigo quanto o próprio Levantamento Terra, ainda encontramos dúvidas com relação à correta execução desses Levantamentos.
2. Levantamento Terra:
É um exercício muito praticado por atletas de levantamento básico, possui como característica o envolvimento de grande parte da musculatura do corpo para a execução do movimento.
Anatomicamente, as musculaturas envolvidas nesse exercício são: esplênio da cabeça, levantador da escápula, serrátil postero superior, trapézio, rombóides maiores e menores, redondo maior, ilíocostal, espinhal do tórax, latíssimo do dorso, obliquo externo do abdome, reto do abdome, serrátil posterior inferior, quadrado do lombo, piriforme, gêmeos superior e inferior, obturador externo, quadrado femoral, glúteo máximo, bíceps femoral (cabeça longa e curta), vastos lateral e medial, reto femoral, semitendinoso e semimembranoso.
2.1 – A Execução do movimento:
Com mãos afastadas aproximadamente na largura dos ombros, inspire o ar, estenda as pernas e coluna até a posição vertical, mantendo as costas sempre fixas. As próximas etapas consistem em expirar o ar, retornando a posição inicial (fletindo os joelhos), sem repousar a barra no chão.
Este exercício é usualmente utilizado nas academias para treinamento dos ísquios-tibiais (posterior da coxa), glúteos e vertebrais lombares. Apesar de ser a variável do levantamento terra "mais popular" dentro das salas de musculação, devo lembrar que a má execução deste exercício causa uma sobrecarga excessiva na coluna vertebral, podendo ocasionando lesões.
Anatomicamente, as musculaturas envolvidas no processo de execução do movimento são: eretores da espinha, glúteo máximo, bíceps femoral (cabeça longa e curta), semitendinoso e semimembranoso.
3.1 – A Execução do movimento:
O processo de execução se dá de pé, em frente à barra, com os pés levemente afastados e joelhos estendidos. Incline o tronco a frente mantendo as costas arqueadas, e sempre que possível mantenha os joelhos estendidos.
A pegada poderá ser feita utilizando um braço em pronação e o outro em supinação (pegada power invertida) ou ambos os braços em pronação (pegada clássica).
As mãos devem ficar afastadas, aproximadamente na largura dos ombros. Inspire, estenda a coluna ate a vertical, sempre com as costas fixas.
Retorne a posição inicial expirando o ar sem, portanto, flexionar os joelhos e sem repousar a barra no chão recomeçando todo o processo.
Conclusão:
No trabalho realizado pelos três levantamentos terras citados, a diferença maior é a amplitude e outros fatores existentes na execução de cada um deles, contribuindo assim para o maior número de musculaturas envolvidas durante as fases concêntricas e excêntricas.
As variações de um único exercício trouxeram mais variedades para os praticantes de musculação, que puderam melhor ênfase em determinados grupos musculares, dependendo da exigência do seu programa de treino.
Os exercícios mencionados acima, são uns dos mais polêmicos na musculação, por exigirem do executante um grau elevado de treinamento e conhecimento corporal, devendo ser evitado por alunos de menos experientes. Quando executados de forma incorreta podem sobrecarregar excessivamente a coluna vertebral causando desconforto, lesão ou em casos mais graves debilitação permanente, dessa forma, nunca comprometa a correta execução de um exercício, em troca do aumento das cargas.
Espero que este artigo retire suas dúvidas, principalmente com relação a execução correta desses exercícios.
Referencias Bibliográficas:
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. 1ª ed., São Paulo, Manole, 1999.
Delavier , Frédéric – Guia dos Movimentos da Musculação: Abordagem Anatômica. 2ªed., São Paulo, Phorte Editora, 2000.
Guedes, Dilmar Pinto – Musculação: estética e saúde feminina – 3ªed., São Paulo: Phorte Editora, 2007
Evans, Nick – Anatomia da Musculação. 1ª ed., São Paulo, Manole, 2007. Groves, Barney – Powerlifting: Levantamentos Básicos. 1ª ed., São Paulo, Manole, 2002
artigo de Fabiana Raniele (Rany)
fonte: www.treinohardcore.com
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Stomach Vacuum - Afinando a linha de cintura.
O abdômen transverso e a lombar multifidus são os músculos internos. Esses músculos são raramente discutidos. Eles se encontram debaixo do abdominal reto e do oblíquo externo. Os músculos internos do abdômen suportam a postura e controlam a respiração profunda durante movimentos poderosos, como o agachamento. Como são raramente estimulados ficam fracos. Construindo uma forte parede abdominal interna, pode-se limitar e aliviar dores nas costas, criar uma linha de cintura de qualidade e adicionar um poder explosivo no seu treino.
O Stomach Vacuum é uma contração isométrica do abdômen transverso. Este é um dos melhores exercícios que se pode fazer para encolher a linha da cintura em curto prazo. O Stomach Vacuum foi muito utilizado antigamente no fisiculturismo com Arnold, por exemplo. Muitos dos bodybuilders de hoje em dia tem uma linha de cintura larga, pode ser devido ao simples fato de muitos esquecem de importantes táticas de treinamento.
Os requisitos para executar esta técnica são: hábitos alimentares saudáveis, adequada ingestão de água e um percentual de gordura baixo a moderado, se estiver com excesso de gordura no abdômen não conseguirá dominar esta técnica.
Ao construir esta área do músculo abdominal, você terá um maior controle sobre seus abdomens e uma melhor assistência nos levantamentos explosivos. Stomach Vacuum necessita de prática, mas é extremamente efetivo.
O Exercício
Para executar o Stomach Vacuum fique de pé encostado na parede e coloque uma de suas mãos no meio de seus quadris, e expire completamente o ar de seus pulmões. Expanda o peito para frente, e traga o estômago o máximo possível para dentro, e segure. Uma contração isométrica de X segundos é uma repetição. Comece com 3 séries de 20 segundos, se sentir confortável, na próxima semana aumente o tempo para 40 segundos, podendo chegar até 1 minuto com o tempo. Recomenda-se fazer este exercício 3 vezes por semana, alguns incluem no seu treino de abdômen, outros fazem em casa.
Uma vez que conseguir dominar a técnica, o Stomach Vacuum pode ser praticado de pé, ajoelhado, sentado e deitado de barriga para baixo.
sábado, 13 de setembro de 2008
Seu corpo dá 13 motivos para você começar a correr já.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
PERNAS
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
NO PAIN NO GAIN EM QUESTÃO MAIS UMA VEZ....
Vejam, eu pessoalmente não conheço nenhum grande atleta do nosso anabólico esporte ( musculação ) que não saiba sobre a correta aplicação do volume e intensidade do trabalho e ainda assim acreditam piamente na boa teoria No Pain No Gain ( sem dor, sem ganho) , senão estes atletas não seriam do tamanho que são.
Por outro lado o criador da fraca teoria Less Pain, More Gain ( menos dor, mais ganhos ) e os seus discípulos provavelmente nunca desenvolveram um físico superior a mediocridade e provavelmente com toda a sua ciência provavelmente só conhecem as operações básicas da matemática.
A forte teoria do No Pain No Gain, para os bons entendedores, refere-se ao ponto que emperfeita forma de execução, para um dado princípio de treinamento, não se consegue mais outra repetição. Isto é quando levamos a nossa musculatura a falha total e para quem sabe matemática, falha total não significa massacre total. Alguns profissionais acreditam que os adeptos do No Pain No Gain estejam idioticamente mergulhados em massacrar e em conseqüência disto catabolizar os seus músculos.
Se fosse assim atletas como Omar Josef, Dorian Yates, Nasser Al Sombaty, Tommi Torvildsen e Ernie Taylor não seriam do tamanho que são.
A nossa teoria não tem nada a ver com um absurdo volume e intensidade de treino. A dor, é a agradável dor imediata de um treino realizado corretamente e também a dor tardia, que ocorre provavelmente pela migração do aminoácido hidroxiprolina para as terminações nervosas. O atleta ou um bom treinador sabe a diferença entre a dor negativa de um processo inflamatório por sobrecarga excessiva e ou pela má técnica na execução dos exercícios e a dor desejável que é um indicativo do processo de hipertrofia.
De fato, se a degradação da proteína muscular é elevada durante um treinamento de alta intensidade e ressíntese muscular também deve ser elevada a fim de promover reparação tecidual e crescimento muscular. Evidências demonstram que treinamento de alta intensidade eleva a síntese protéica por 24 horas após o treino. Mas isto não quer dizer também que alguém possa treinar o mesmo músculo a cada 24 horas.
A idéia não é promover uma quebra exagerada do tecido muscular e sim fazê-lo controladamente enquanto se dá oportunidade para o crescimento muscular.
É por isto que os nossos atletas treinam a alta intensidade hoje e só voltarão a treinar o mesmo grupo muscular depois de 5 a 8 dias de intervalo.
Alguns deles, e eu mesmo, utilizamos este processo já há mais de 15 anos e ainda não tivemos uma parada cardíaca ou sequer estamos andando de cadeira de rodas como sugerido no artigo Treine Menos e Cresça Mais veiculado no número anterior da Muscle Inform que ainda relaciona No Pain No Gain com quanto mais melhor e proclama a fraca Less Pain More Gain como um dizer mais inteligente.
Se podem relacionar No Pain No Gain com catabolismo então me dou o direito de relacionar a fraca Less Pain, More Gain com aulas de tricô e crochê.Irmãos de maromba, não se importem, eles não sabem do que estão falando.
Existe a tendência de alguns profissionais em lidarem com a atividade física de forma muito melindrosa. São colegas que normalmente só se apegam ao que foi publicado ou ao que ouviram no Seminário do Professor Sebastião, mas também facilmente mudarão de opinião até ler o próximo artigo ou realizar o Simpósio do Professor Mestre Pardal sendo que adotarão a nova filosofia até o Congresso com o Professor Doutor Einstein da Silva.
Lembre-se ciência é muito importante, mas nem tudo que está publicado nos periódicos ientíficos é boa ciência.Keep Pumping!No Pain No Gain (para os bons entendedores )
POR: Waldemar Guimarães